Estruturação-da-Manutenção-no-Horizonte-2-Fibria

A fábrica já roda desde Agosto/2017, quando aconteceu o start up desta nova linha. O empreendimento tem capacidade para produzir inicialmente 1 milhão e 950 mil toneladas por ano de celulose de fibra curta. Neste projeto foram gastos cerca de 7,345 bilhões de reais, em investimentos, um dos maiores investimentos privados do país, com foco em exportação. O início do projeto se deu em junho/2015 onde foram desenhadas as bases e a estratégia do negócio. Durante a construção, foram gerados 40 mil empregos diretos e indiretos, considerando toda a cadeia produtiva.

A EGF Engefaz ​participou do projeto com a responsabilidade de toda a estruturação da manutenção através do Plano Diretor.

Em um projeto como a construção de uma fábrica de celulose, a preparação para a manutenção é fator de sucesso para a continuidade operacional após a partida do empreendimento. Esta preparação, realizada ainda na fase do projeto, envolve a escolha adequada dos sobressalentes bem como a montagem de toda a estrutura de informações que é utilizada nas rotinas pelas equipes de manutenção.
A experiência trazida pela Engefaz permitiu que este processo de preparação para a manutenção fosse realizado de forma estruturada e robusta, alinhado com as expectativas da Fibria.. Fabrício Stange, Gerente de Manutenção, Fibria Três Lagoas/MS

PROJETO HORIZONTE 2 – ESTRUTURAÇÃO DA MANUTENÇÃO

​Para a missão da Estruturação da Manutenção da nova linha de produção em Três Lagoas, a EGF Engefaz foi contratada para implementar sua solução chamada Plano Diretor de Manutenção, pois o cliente buscava obter:

• Padronização e Organização dos Cadastros;
• Melhores práticas de mercado;
• Gerar lucro com a Gestão dos Ativos.

O escopo contratado com a EGF Engefaz previa:

1. Elaborar e Cadastrar a Árvore Lógica dos Locais de Instalação no SAP;
2. Classificar a Criticidade ABC dos Locais de Instalação;
3. Criar os Planos de Manutenção Preventiva;
4. Cadastrar os Códigos de Materiais;
5. Elaborar as Listas Técnicas para os equipamentos;

O QUE É OPLANO DIRETOR DE MANUTENÇÃO?

O Plano Diretor de Manutenção é um “Modelo de Gestão da Manutenção alinhado com Melhores Práticas de Classe Mundial, qualificando os processos da manutenção, otimizando custos e perdas, identificando oportunidades de ganhos e gerando resultados de forma contínua. ”

QUAIS OS RESULTADOS ESPERADOS?

O Resultado principal da Estruturação da Manutenção através do Plano Diretor é a padronização e organização do cadastro de equipamentos que gera:

• Rapidez no planejamento;
• Maior domínio dos ativos;
• Redução dos custos de manutenção e
• Redução até de acidentes.

Em cada assunto foi seguido um padrão, elaborado um procedimento, e deixado como legado para as futuras equipes da manutenção em eventuais revisões que forem necessárias ao longo dos anos seguintes. Foi montado também o MGM – Manual de Gestão da Manutenção com os procedimentos dos 5 itens do escopo Engefaz, uma espécie de “Book da Manutenção” sobre O QUÊ FAZER e COMO FAZER.

IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR

1. CADASTRO DA ÁRVORE LÓGICA DOS LOCAIS DE INSTALAÇÃO NO SAP

ÁRVORE LÓGICA DOS LOCAIS DE INSTALAÇÃO: Trata-se de uma Organização Hierárquica do cadastro dos Locais de Instalação no Sistema SAP. O objetivo desta Organização Estruturada é facilitar a localização rápida do Local de Instalação, bem como manter a sequência entre as Áreas, Sub-áreas, Setores, Sistemas e Subsistemas

ÁRVORE LÓGICA DOS LI’s ELÉTRICOS: Um importante trabalho também desenvolvido foi a Árvore Lógica dos Equipamentos Elétricos. Trata-se de uma estruturação hierárquica dos acionamentos dos equipamentos elétricos e está intimamente relacionado à segurança operacional, bloqueios elétricos, minimizando risco de possíveis partidas indevidas e agilidade no planejamento. Para construção dessa árvore, foi necessário aprofundar-se no estudo de Diagramas Elétricos Unifilares, Layouts Eletromecânicos e Diagramas dos CCM – Centro de Controle de Motores, bem como os Fluxogramas de Processo.

LIGAÇÃO DE OBJETOS NO SAP: Com as duas árvores lógicas cadastradas e estruturadas no sistema SAP, ficou fácil aplicar uma funcionalidade chamada “Ligação de Objetos”. “Ligação de Objetos” é uma opção que existe no sistema SAP que possibilita relacionar dois Locais de Instalação que fazem parte de árvores lógicas diferentes (elétrica/mecânica) porém que pertencem ao mesmo conjunto de acionamento. Para que essa “relação” fique correta, é necessário criar uma espécie de “ponte” entre as duas árvores lógicas.

RESULTADOS: Os resultados obtidos com uma Árvore de Equipamentos bem estruturada:

• Agilidade no Planejamento;
• Conhecimento pleno dos Ativos Instalados;
• Facilidade nas Consultas;
• Confiabilidade nos bloqueios elétricos;
• Aumento da Segurança operacional;

2. CLASSIFICAÇÃO DA CRITICIDADE ABC DOS LOCAIS DE INSTALAÇÃO

A CLASSIFICAÇÃO DA CRITICIDADE ABC dos Locais de Instalação é uma atividade de fundamental importância para a Gestão da Manutenção.
A Criticidade ABC dos LI’s pode ser:

• A – Alta Criticidade;
• B – Média Criticidade;
• C – Baixa Criticidade;

ALGORITMO: Para facilitar na classificação da criticidade dos LI’s, utiliza-se um algoritmo que permite atribuir pontuação com base nos seguintes Fatores:

Fatores de Avaliação da Área:
• Segurança; Meio Ambiente; Qualidade; Produção e Custos;

Fatores de Avaliação da Fábrica:
• Impacto na Continuidade Operacional e Estoques Intermediários; classificando-os de acordo com a consequência de uma falha nos níveis Alto, Médio e Baixo. Com base nessa classificação, o algoritmo retorna o valor da criticidade (A, B ou C) para área e para fábrica.

O Algoritmo retorna dois tipos de criticidade:

Criticidade da Fábrica:
• Ponto de Vista gerencial em relação à toda a fábrica;
• Baliza as prioridades para ações globais com seleção de sobressalentes no CAPEX anual ou no próprio projeto;

Criticidade da Área:
• São guiadas pelo ponto de vista do gestor da área;
• Serve para balizar as prioridades nas ações rotineiras de cada área;

RESULTADOS: Uma boa classificação ABC resulta na equalização entre benefício e custo para a empresa, pois estabelece critérios que possibilitam o direcionamento correto de:

• Estratégias de Manutenção e de Sobressalentes;
• Priorização das Ações que os LI’s serão submetidos visando a Continuidade Operacional.
• Na criação de Planos de Manutenção a serem aplicados;
• Nas rotinas de programação semanal de operação e manutenção;

3. ELABORAÇÃO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO

PLANOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO: Trata-se de um conjunto de informações para orientação das atividades de Manutenção Preventiva, Preditiva, Lubrificação e Inspeção. É uma importante ferramenta para o planejamento da manutenção na Gestão dos Ativos, pois permite uma prévia visualização das atividades programadas e permite utilização do mesmo plano no longo prazo, sem necessidade de maiores esforços para replanejamento. Além disso, os planos de manutenção reúnem estratégias, ciclos, documentos de medição, listas de tarefas para criar Ordens de Manutenção.

A Unidade de Periodicidade padronizada e inserida em todos os Planos foi a UNIDADE SEMANAL. Isto porque “SEMANAS” são múltiplas ao longo do ano, facilitando no momento de realizar o balanceamento nas 52 semanas anuais.

BALANCEAMENTO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE MANUTENÇÃO: Após a Elaboração dos Planos de Manutenção, um dos maiores desafios é tornar “exequível” diante do Hxh necessário para o cumprimento destes planos. Para isto é importante aplicar a ferramenta de BALANCEAMENTO DOS PLANOS onde poderemos visualizar os desvios (Ociosidades ou Sobrecargas) de mão de obra. De posse destas informações, podemos alterar as datas de início dos planos que como já dissemos são fundamentados na Unidade Semanal, sendo assim múltiplos um do outro.

RESULTADOS: Planos de Manutenção bem estruturados geram os seguintes resultados:

• Manutenção ou Aumento da Vida Útil dos Ativos;
• Diminuição dos Custos de Manutenção Corretiva;
• Aumento na Disponibilidade da Planta Fabril;
• Confiabilidade e Continuidade operacional;

4. CADASTRO DE MATERIAIS SOBRESSALENTES

O papel fundamental da manutenção é a GESTÃO DOS ATIVOS, e o Gerenciamento dos Materiais Sobressalentes é uma etapa de extrema importância para a Manutenção da Fábrica, pois eles exercem impacto diretamente na Disponibilidade da Planta Fabril.

A Gestão dos Materiais passa pelas etapas de:

1. Análise e Priorização dos Itens a adquirir;
2. Cadastro dos Itens no Sistema SAP de acordo com o PDM;
3. Aquisição e Expedição;
4. Recebimento e Estocagem;
5. Conservação;

PDM – PADRÃO DESCRITIVO DE MATERIAIS

Para criação de códigos de materiais na Segunda Linha de Produção, utilizou-se o Portal Requisite, onde foram abertos os protocolos (Requisição de Códigos), preenchendo-se todos os campos obrigatórios com as características técnicas, respondendo-se a um questionário sobre o Tipo de Material e finalmente passando por análise da equipe do CDMS – Cadastro de Materiais e Serviços.

Desta forma, garantiu-se que o PDM – Padrão Descritivo de Materiais fique uniformizado, o que gerou:

• Redução de Custos;
• Agilidade e Facilidade de pesquisa e comunicação;
• Clareza na especificação de materiais na utilização em projetos e documentos de compras;
• Eliminação de duplicidades e redução de diversidades;
• Desenvolvimento do mercado supridor;
• Boa imagem da empresa perante seus usuários e fornecedores;
• Melhor utilização das ferramentas do Software de Gestão da Manutenção;

ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇÃO

A Estratégia de Aquisição de Materiais Sobressalentes teve como foco, garantir plena disponibilidade de estoque dos itens críticos e de alta rotatividade ligados a manutenção e garantindo desta maneira confiabilidade de estoque com menor valor financeiro estocado possível na segunda linha de produção.

Esta estratégia seguiu fases importantes no desenvolvimento conforme abaixo:

FASE 1 – Análise dos Itens Adquiridos no Pacote As Solds
FASE 2 – Análise dos Itens NÃO Adquiridos no Pacote As Solds.
FASE 3 – Aquisição do Pacote FRAME
FASE 4 – Análise dos Itens Estocáveis Fora do Pacote

Dentro destas Fases, as Análises foram feitas baseadas nas seguintes estratégias:

• Criticidade ABC dos Locais de Instalação onde o material é alocado;
• Agrupamento de Equipamentos de mesma família;
• Intercambialidade: número de equipamentos similares instalados;
• Custo de Aquisição;
• Tempo de Reposição;

RESULTADOS: Aplicando uma Estratégia Eficaz de Aquisição de Sobressalentes, obtém-se os seguintes resultados:
• Melhor Custo de Estoque
• Manter a Disponibilidade da Planta Fabril
• Agilidade para as equipes de manutenção
• Continuidade Operacional

5. LISTA TÉCNICA DE MATERIAIS​
LISTA TÉCNICA

A Lista Técnica de Materiais no SAP tem o objetivo de organizar o cadastro dos componentes e materiais que tem utilização singular ou exclusiva para cada equipamento e/ou Local de Instalação.

RESULTADOS: Cadastrando a Lista Técnica de Sobressalentes nos seus respectivos equipamentos, obtém-se os seguintes resultados:

• Facilidade na Consulta de Estoque
• Agilidade para o Planejamento
• Agilidade para as equipes de execução
• Continuidade Operacional

Compartilhe esse conteúdo em suas redes sociais.

Assine nossa newsletter para receber conteúdos de manutenção.
Notícias Relacionadas
Categorias
Tags